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3/09/2015

Senhor kalota - Dois iguais

Postado por Edison Elloy

É incontestável a natural habilidade de compositores mineiros em criarem belas canções, talvez herança também da tal "mineiridade". E exercitando com maestria uma pseudo despretensão, da cena musical mineira surgem preciosidades. É mais que difícil criar e cantar o simples e, com versos e melodias bem forjadas. A Senhor Kalota discorre em seu álbum "Dois Iguais", sobre relacionamentos, cotidiano, buscas e até decepções. Sobre nós, humanos. "Você sabe que eu sei aonde vou chegar/já sei saltar do trem muito antes d´le passar". Sutilmente constroem o denso e o abissal. Sabem que há dias em que apenas com leveza é possível suportarmo-nos. "Súplica" remete à guerra maior a partir de nossos próprios e medíocres embates. "Um álbum de fotos eu venho guardando nesses anos"; e não é assim que construímos uma história? Visso Lana, voz, guitarra, letras e claro composições, em parceria com os kalotas, Leo (bateria) e Deleo (baixo), escrevem os versos literomusicais apoiados em excelente técnica, são competentíssimos músicos. Mas o maior trunfo da banda é sua simbiose. "Me dê a mão que eu preciso/estou sofrendo por nós dois". Ska, reggae, pop, rock. Sem limitarem-se permitem fluir canções mais que agradáveis a ouvidos atentos. Transportam-nos para o mundo pretendido ou até idealizado, porque às vezes parece-nos tão abstrato este mundo real. A vida de verdade não é vivida com trilha sonora, como nos filmes, mas a Senhor Kalota aqui, possibilita-nos essa quase possibilidade. Graficamente muito bem cuidado o encarte nos diverte com desenhos infantis. Nada disso! A monocromia e os desenhos são para aliviar-nos, para embalar-nos em canções bonitas e, tecnicamente bem gravadas. Mas, principalmente para mostrar-nos ser mais que possível não permitirmos corroer em nós as esperanças e sonhos. Vamos, vamos para a festa, pois, diversão e música boa a Senhor Kalota garante! 

2/21/2015

Pau Com Arame - Gaiola

Postado por Edison Elloy

Pau com arame é formada por Luís Curinga e Neo Gemini e, nos brinda com Gaiola, álbum idealizado e produzido pelos mesmos. Mais que um alento, como um oásis no deserto, Gaiola invade nossa mente saciando a sede que há tempos nos priva o direito de ´ouvir´. Ouvir canções. O álbum nos apresenta dezoito excelentes melodias, muitíssimo bem arranjadas e gravadas. "Nós somos a primeira pessoa", verso da canção que intitula o álbum, com esta assertiva que sintetiza e define o espírito agregador que permeia o trabalho, Luís Curinga canta e exorta a revoltarmo-nos contra o ´status quo´ e nossa acomodação mais que patética, diante da óbvia necessidade de nos empenharmos em ações positivas. Sutilmente canta, "Antes que que alguém veja" e propositalmente quase contraditório, aponta ser preciso trilharmos melhores caminhos. É mais que possível o Encontro, "Eu vejo as estrelas". Uma alusão ao poder transformador que todos nós possuímos? Caminhar e caminhar, pois "É tão difícil e tão lindo estar vivo", profetiza que nossos pés, corações e mentes nos levarão incondicionalmente ao amor. Nada deve ser desperdiçado e tudo pode ser sonhando. Belíssima canção "Os pés", em riffs um quase mantra é entoado. Para esta Gaiola mágica Luís Curinga e Neo Gemini convidaram talentosos e caros amigos: André Campagnani, bateria; Guilherme Fonseca, guitarra; Edson Morais, sax; Raphael Capelão, guitarra; Roberto Avelar, teclados; Samuel Saulo, voz; Aldrin Gandra, voz e guitarra; Wellington Aguiar, guitarra; Rodrigo Lana, teclado; Fab Paladino, voz; Alessandro Tavares, efeitos. "Aquecimento", destruir, construir? "Bad love" psicoelípticodélica, "Bola de fogo" anárquica; "Iocerê" o que será? "Dominic" acorde; "O Palhaço" e nós; "Thairine" idealizada; "Dia sete" o amor voltou; "Brother" todo o risco e carência; "Setiba" devaneio e indisciplina e sonho; "Jhonny" quase perdido; "Simples" não lamentar, não chorar muito. Mantenhamos ouvidos mais que atentos para atendermos ao convite de Luís e Neo, ouçamos o Rock Elíptico da Pau Com Arame. Vamos!

1/28/2015

BH Caos Coletânea 2014

Postado por Edison Elloy

BH Caos - Reunidas em excelente coletânea, dezesseis bandas da cena musical de Belo Horizonte, Punk Rock, Hardcore, Death/Trash Metal e outras vertentes seguidas e ou que as influenciam. Estado de Fúria, Dops, Certo Porcos!, Rastros de Ódio, Rock D´La Rua, Spirit, Mata Borrão, Fake, Offensor, Consciência Suburbana, Komando Kaos, Bulldogs, Os Decréptos, Distúrbio Sub Humano, Iron Trash, Renegados, estão presentes nesta coletânea. 
Sinfonoise Distro Records (BH) é o Selo responsável por disponibilizar para ouvidos sedentos, mais que bem vindos registros, em dois CD´s nos quais sete minutos foram muito bem utilizados pelas bandas, independente da quantidade de faixas que registrassem nesse tempo. A coletânea possibilitou a reunião de músicos com uma boa estrada com outros que honram completamente o fato de também trilharem tão ricos e honestos caminhos. Em comum toda a coerência nos textos e na sonoridade. Aqui nenhuma concessão a modismos ou acomodação da consciência. Contrapondo-se ao discurso do sistema que impõe modelos padronizados. Literalmente há um grito uníssono das Bandas deste 1 BH Caos. Não, a sociedade contemporânea não está nada bem. A realização de uma coletânea com representantes convictos de atuarem em cena que não se trai. Um espectro amplo do comportamento humano é descrito, mas aqui a ênfase é sim o nosso egoísmo , a indiferença, o materialismo, o pior de nós humanos. Como a apontar o quanto perversos podemos ser ao sepultar em nós o humano superior. Sim, para nosso alívio há mentes lúcidas em meio ao CAOS. (sinfonoise.blogspot.com)

11/07/2014

Eternamente Nado!

Postado por Edison Elloy

Dia 04 de novembro de 2014 ao final da tarde, nesse horário de verão, o sol ainda brilhava alto no céu. Um capítulo da história da cena musical e artística de Belo Horizonte teve desfecho, não o desejado, mas sim aquele que mesmo sabendo ser inevitável, insistimos em não aceitar com resignação. Atack Epiléptico é o nome da banda, punk rock, grind core, Rock. Definição específica do estilo não é relevante quando simplesmente a banda em questão, coloca seu nome na cena mundial. Vanguardista, pois ousou, Naturalmente criativa, pois apenas cantar seus textos transbordando lucidez não bastava. Intensa, dizer rápido. Gritar alto contra injustiças e os males do "humano" que insiste ainda em explorar, subjugar e viver o egoísmo. Toda a intensidade em não ceder um centímetro sequer para o mal instalado em mentes nebulosas e corações insensíveis. Atack Epiléptico materializou todo esse sentimento contra o "sistema". Nado, tão intenso quanto os acordes e textos que ele escreveu, viveu coerentemente cada segundo desta história. Cantou apenas o que acreditava, empreendeu, produziu. Brindou Belo Horizonte com expoentes da cena hardcore/punk rock mundial. Viveu tão intensamente e assim também deixou a cena. Depressa, veloz como suas paixões e como a nos dizer: "Viva, viva agora esse segundo." Nos deixou assim, incrédulos e órfãos de exemplos de atitude positiva. Nesses tempos difíceis, mas HUMANOS, e por isso mesmo, esperançosos. Por sabermos ter vivido entre nós alguém tão honestamente digno. Eternamente Nado!

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